Vivências Agroecológicas: Agricultura e alimentação saudável

Conheça as experiências agroecológicas da Ocupação Solano Trindade

Vivências Agroecológicas:

trabalho coletivo e troca de saberes

 

A Ocupação Solano Trindade é vizinha à primeira área de proteção ambiental da Baixada Fluminense — a APA São Bento. O terreno possui 4,5 hectares, dos quais apenas cerca de 10% são ocupados por três edifícios pré-existentes no local. Todo o resto é constituído de áreas verdes e livres.

Nesse contexto, o MNLM-DC-RJ apostou no potencial dos espaços livres para a produção de alimentos e outras atividades no campo da agroecologia como possíveis frentes de trabalho e geração de renda, mas que também garantissem a preservação do meio ambiente. Em 2016, buscou uma aproximação com o Mutirão de Agroecologia da UFRJ (MUDA-UFRJ).

A metodologia adotada para as ações do MUDA na Ocupação foram as “Vivências Agroecológicas” — eventos de imersão com duração de um final de semana que reuniram estudantes, docentes, lideranças e moradores da ocupação e do bairro para a troca de experiências e saberes através do trabalho coletivo. Entre 2017 e 2019, foram realizadas nove vivências sobre temas distintos, tais como: hortas urbanas, saneamento ecológico, compostagem de resíduos orgânicos e culinária agroecológica.

“O MNLM apostou no potencial dos espaços livres para a produção de alimentos e outras atividades agroecológicas como possíveis frentes de trabalho e geração de renda...”

Vivências Agroecológicas
// o que é

Uma série de nove Vivências Agroecológicas — eventos de imersão com duração de um final de semana que reuniram estudantes, docentes, lideranças e moradores da ocupação e do bairro. 

// como foi viabilizado

Através do projeto de extensão universitária "Vivências Agroecológicas junto a Movimentos Sociais" (VAMOS), organizado pelo Mutirão de Agroecologia da UFRJ (MUDA-UFRJ)

// quem participou

MNLM, MUDA

// projetos relacionados

A cozinha coletiva:

 

 

 

 

A partir da experiência da horta foram iniciadas outras frentes de trabalho no campo da agroecologia. As receitas e práticas culinárias desenvolvidas durante as vivências resultaram na formação de um grupo de mulheres que passou a produzir refeições vegetarianas para a geração de renda em eventos realizados na Ocupação e em espaços de parceiros do MNLM-DC-RJ.

Os pratos utilizam amplamente os recursos locais, viabilizando uma redução significativa no custo de preparo das refeições. Principalmente, através da incorporação das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) e da jaca verde (recurso muito abundante na ocupação).

Além disso, ao longo das Vivências Agroecológicas foram instaladas composteiras de resíduos orgânicos no quintal produtivo.  Assim, o ciclo dos nutrientes da Ocupação Solano Trindade se fecha: da terra à mesa e da mesa à terra.

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"A metodologia adotada para as ações do MUDA-UFRJ foram as Vivências Agroecológicas. Nos nove enventos, realizados entre 2017 e 2019, os participantes experimentaram diversas práticas, tais como: hortas urbanas, saneamento scológico, compostagem de resíduos orgânicos e culinária agroecológica"

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A mandala agrícola:

 

 

Uma mandala agrícola esteve presente nos planos da Ocupação Solano Trindade desde o início, em 2014. As primeiras imagens de projeto produzidas pela equipe de assessoria e utilizadas para pleitear o direito de uso da terra nas negociações com o poder público já traziam a mandala agrícola no lugar onde está implantada hoje.

A mandala só veio a ser construída três anos depois, a partir da aproximação com o MUDA-UFRJ, durante a I Vivência Agroecológica MUDA-Solano. Nesta ocasião, um dos moradores resgatou a ideia de uma área para produção de alimentos organizada em círculos concêntricos, como em suas experiências anteriores no Nordeste.

Os integrantes do MUDA não costumavam plantar em forma de mandala  - técnica de agricultura familiar bastante difundida na Região Nordeste do país - e, por isso, propuseram canteiros lineares.

Após um longo processo de discussão que durou todo o final de semana, nasceu o primeiro círculo da mandala agrícola. O resultado é produto de um somatório e adaptação de técnicas utilizadas previamente pelos dois grupos.

 

 

 

Atualmente, o quintal produtivo ocupa uma área de aproximadamente 450m², em constante expansão e reconfiguração, e conta com mais de cinquenta espécies alimentícias.

 

 

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Veja também os outros projetos